E-commerce ou marketplace? Entenda as diferenças, estratégias e como escolher o melhor caminho para o seu negócio

O comércio eletrônico não para de crescer. Segundo o relatório Webshoppers 48 da NielsenIQ|Ebit, o e-commerce brasileiro movimentou R$ 185,7 bilhões em 2023 — um crescimento de 10% em relação ao ano anterior. E uma parte relevante dessa receita veio dos marketplaces, que hoje representam mais de 70% das vendas online no Brasil.

Mas afinal: vender em um marketplace é o mesmo que ter um e-commerce próprio? Qual modelo é mais vantajoso? E o mais importante: qual estratégia é ideal para o seu momento de negócio?

Neste artigo, você vai entender:

  • As diferenças entre e-commerce próprio e marketplaces;
  • Vantagens e desvantagens de cada modelo;
  • Estratégias para escalar em cada um;
  • Ferramentas essenciais para operação e crescimento;
  • E como tomar uma decisão estratégica baseada no seu cenário real.
E-commerce próprio: autonomia, identidade e controle

Um e-commerce próprio é como uma loja física exclusiva: você define tudo — da vitrine ao atendimento, da precificação à forma de pagamento.

Vantagens:
  • Controle total sobre branding, experiência e fidelização;
  • Maior margem de lucro (sem comissão de plataforma);
  • Liberdade para campanhas, conteúdos e posicionamento próprio;
  • Possibilidade de criar um funil de vendas com remarketing e recorrência.
Desvantagens:
  • Custo inicial mais alto (plataforma, domínio, meios de pagamento, design);
  • Baixa visibilidade no começo — você precisa investir em tráfego (pago ou orgânico);
  • Exige mais conhecimento em marketing, vendas e logística.

Ferramentas úteis: Shopify, Nuvemshop, Tray, WooCommerce + plugins de automação (Klickpages, RD Station, Tiny ERP, Bling).

Marketplace: visibilidade rápida e tráfego pronto

Os marketplaces são como grandes shoppings digitais. Plataformas como Shopee, Mercado Livre, Amazon e Magalu concentram milhões de compradores prontos para consumir — o que pode acelerar o início das vendas.

Vantagens:
  • Tráfego alto e constante;
  • Estrutura pronta (pagamentos, segurança, logística integrada);
  • Facilidade de entrada com baixo custo inicial;
  • Ideal para validar produtos rapidamente.
Desvantagens:
  • Altas taxas e comissões (em média de 12% a 20%);
  • Pouco controle sobre a experiência da marca;
  • Concorrência acirrada e guerra de preços;
  • Dificuldade de fidelização (o cliente é do marketplace, não seu).

Ferramentas úteis: AnyMarket, Tiny, Bling, Olist, integradores de catálogo e gestão de estoque.

Dados que ajudam a decidir: onde o Brasil compra online
  • Em 2023, o Mercado Livre foi o marketplace mais acessado no Brasil, com mais de 300 milhões de visitas mensais (dados: SimilarWeb).
  • A Shopee cresceu mais de 30% no número de vendedores brasileiros e se consolidou como canal de entrada para pequenos negócios (fonte: Ecommerce Brasil).
  • Já o número de lojas virtuais próprias ultrapassou 1,6 milhão, mostrando que o e-commerce próprio segue como tendência de marca (fonte: ABComm).

Ou seja: não é sobre um ou outro. É sobre o momento e a estratégia.

Como escolher: marketplace ou e-commerce próprio?
Opte por marketplace se:
  • Está começando e tem baixo orçamento de marketing;
  • Quer testar a aceitação de produtos no mercado;
  • Precisa de vendas rápidas para gerar caixa;
  • Ainda não tem estrutura de marca consolidada.
Opte por e-commerce próprio se:
  • Já tem audiência, branding ou presença nas redes;
  • Quer construir autoridade e relacionamento com o cliente;
  • Tem visão de longo prazo e diferenciação de produto;
  • Quer criar uma base sólida de dados e recorrência.

📖 Dica de leitura:
O livro “Hooked: Como construir produtos e marcas viciantes” de Nir Eyal ajuda a entender como a experiência e o branding criam fidelidade — algo mais difícil de construir em marketplaces.

Estratégia híbrida: o caminho mais inteligente

Muitas marcas bem-sucedidas começam pelos marketplaces para ganhar tração e validam seus produtos ali. Depois, criam uma loja própria com experiência de marca, canais diretos de atendimento e uma estratégia de conteúdo.

Exemplo de rota estratégica:

  1. Vende no Mercado Livre e Shopee por 3 a 6 meses;
  2. Investe o lucro em tráfego pago + criação de site próprio;
  3. Constrói autoridade e canal direto no Instagram/WhatsApp;
  4. Cria funil de vendas e campanhas exclusivas para quem já comprou nos marketplaces;
  5. Escala de forma sustentável com os dois canais.
Ferramentas que facilitam a operação multicanal
  • Bling / Tiny / Omie → ERP e gestão de pedidos;
  • Tray / Nuvemshop → loja virtual com integração com marketplaces;
  • RD Station / MKTZAP / WhatsApp API → automação e relacionamento;
  • Mandaê / Melhor Envio / Frenet → soluções logísticas integradas.
Conclusão: quem vende sem estratégia depende da sorte

Se você quer crescer no digital, a pergunta não é “onde vender?”, mas “qual estratégia me sustenta hoje e prepara meu negócio para amanhã?”

A verdade é que vender no digital exige decisões conscientes, uso inteligente de ferramentas e, principalmente, um posicionamento que torne sua marca reconhecível — mesmo em meio a milhares de outras.

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Jessica Cota

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