Nos últimos anos, o mercado mudou mais do que em décadas inteiras. Segundo um estudo da McKinsey & Company, 75% dos consumidores experimentaram novos comportamentos de compra desde a pandemia — e boa parte deles não pretende voltar aos antigos hábitos. Isso significa que marcas que não se adaptam correm o risco de se tornarem irrelevantes.
Nesse cenário, o rebranding deixou de ser uma opção estética e passou a ser uma estratégia de sobrevivência e crescimento.
Mas atenção: mudar a marca sem estratégia pode ser tão arriscado quanto não mudar. Neste artigo, você vai entender:
- O que é (e o que não é) rebranding,
- Quando é o momento certo para fazer,
- Como realizar um reposicionamento estratégico com consistência,
- E por que sua marca não precisa perder sua essência no processo — muito pelo contrário.
O que é rebranding e por que ele ganhou força agora
Rebranding é o processo de repensar e reformular a identidade de uma marca — não apenas visualmente, mas também em seu posicionamento, tom de voz, mensagens, e até modelo de negócios.
Segundo o livro Design de Identidade da Marca de Alina Wheeler, rebranding envolve alinhar a marca à sua nova estratégia para conquistar uma vantagem competitiva. E isso requer clareza, consistência e coragem.
Hoje, há três motivos principais para o boom no interesse por rebranding:
- Mudanças no comportamento do consumidor (como o foco em propósito, diversidade e experiência);
- Avanços tecnológicos que exigem maior agilidade e presença digital;
- Concorrência mais qualificada, que obriga as marcas a serem mais relevantes e únicas.
Mas rebranding não é risco?
Sim — se for feito sem embasamento. Um estudo da Lucidpress mostra que marcas com comunicação inconsistente perdem em média 23% de sua receita anual. Isso prova que a falta de alinhamento é mais perigosa do que a mudança em si.
Por isso, rebranding precisa ser:
- Estratégico,
- Gradual,
- E ancorado em dados reais, escuta do público e análise de mercado.
Quando é hora de rebrandear? Sinais claros:
- Sua marca não conversa mais com seu público atual;
- Você cresceu, mas a imagem ainda é de “empresa pequena”;
- A concorrência está ocupando seu espaço com mais clareza e posicionamento;
- Você quer atrair novos perfis de clientes ou abrir novos mercados;
- Há uma mudança no propósito, modelo de negócio ou cultura da empresa.
5 passos para um rebranding que respeita (e fortalece) sua essência
1. Diagnóstico profundo
Antes de pensar em mudar, você precisa ouvir e analisar: o que o mercado pensa da sua marca? O que seus clientes valorizam? Quais os pontos de atrito e admiração?
Ferramentas úteis: pesquisas de NPS, entrevistas qualitativas com clientes, análise de menções online, auditoria de marca.
2. Resgate do propósito
O rebranding não apaga a história — ele ressignifica com intencionalidade. Por isso, comece revisitando a razão pela qual a marca nasceu. O propósito é o filtro para tomar todas as decisões a seguir.
Dica de leitura: Comece pelo Porquê, de Simon Sinek — ele mostra como as marcas movidas por propósito são mais inspiradoras e duradouras.
3. Posicionamento estratégico
É hora de fazer escolhas claras:
- Qual dor você resolve?
- Para quem?
- De forma diferente de quem?
Um bom posicionamento é aquele que você consegue sustentar com consistência em todos os pontos de contato — do site ao pós-venda.
4. Expressão visual e verbal
Agora sim, chega a parte estética. Mas cuidado: uma boa identidade visual sem um bom posicionamento vira só “marca bonita que ninguém entende”.
Segundo a Lucidpress, marcas que mantêm consistência na identidade visual aumentam a receita em até 33%.
5. Comunicação do novo momento
O rebranding precisa ser anunciado, explicado e vivido. É aqui que entra a campanha de lançamento, a comunicação com clientes antigos, o alinhamento da equipe interna e o reforço da nova narrativa nos canais digitais.
Exemplos de marcas que acertaram no rebranding
- Nubank: evoluiu de banco digital para uma plataforma de liberdade financeira com posicionamento centrado em “descomplicar”.
- Globo: modernizou sua identidade para refletir a convergência de canais e plataformas, unificando a comunicação em uma proposta mais tecnológica.
- C&A: transformou sua linguagem visual e verbal para dialogar com a Geração Z, apostando em autenticidade e representatividade.
Conclusão: mudar com coragem, mas com consciência
Rebranding não é cosmético. É uma decisão estratégica que alinha essência com futuro. E mais do que acompanhar tendências, ele permite que a marca lidere movimentos, aproxime pessoas e crie novos ciclos de crescimento.
Se sua marca está em dúvida sobre o caminho, talvez não seja hora de parar — mas de reposicionar com inteligência.
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